domingo, 30 de agosto de 2015

Após reintegração de posse, invasores deixam área verde em Manaus destruída

    Sítio mede 30 mil m² e, para entrar nele, os invasores derrubaram um muro de 200 metros.
    Sítio mede 30 mil m² e, para entrar nele, os invasores derrubaram um muro de 200 metros. (Winnetou Almeida)
    Depois da reintegração de posse que aconteceu pacificamente na manhã de terça (18), em um terreno na Zona Norte da cidade, o que restou do lugar foi a destruição de varias espécies de plantas e árvores nativas.
    De acordo com a dona do  terreno, a enfermeira Juciclei Benarroz foram mais de 10 mil  metros quadrados de destruição em uma área de preservação. Os invasores derrubaram  árvores como pau Brasil, seringueira, andirobeira, castanheira, cedrinho, todas plantadas pela avô dela. “Eram árvores com mais de 30 anos, árvores que  tinham um valor sentimental totalmente inexplicável”, disse  a enfermeira.
    Ainda de acordo com Juciclei, no terreno existiam animais que  também foram mortos. “Eles mataram um bicho preguiça, cutia e macaco. “Aqui é um sítio, normal que tenham esse animais soltos, eles viviam muito bem até serem mortos por essas pessoas malvadas”, comentou a enfermeira.
    De acordo com a proprietária do terreno, um  senhor chamado Francisco Edilberto Santos de Oliveira, conhecido como “Louro” é responsável pela venda dos terrenos e que estaria vendendo lotes por mil reais. Em um dos seus discursos, segundo ela, afirmou que fez muitas invasões e só perdeu uma no ano passado. 
    Derrubada do muro
    O terreno é um sítio que mede 30 mil metros quadrados  e foi invadido 10 mil metros quadrados. O sobrinho da dona do terreno, Júlio Benarroz, afirmou que a área estava todo  murada e  no primeiro dia, os invasores derrubaram 10 metros de muro. No mesmo a dona do terreno mandou subir um novo muro, porém no dia seguinte  vários invasores derrubaram os 200 metros de muro que cercavam o sítio, deram tiros e ameaçaram o caseiro.
    “Esse sítio não é abandonado, têm dois caseiros, e é para onde a família vem no fim de semana. Eles queriam a todo custo tomar conta do lugar; o nosso  caseiro pediu para sair do trabalho, pois não queria mais morar aqui porque durante a noite eles davam tiros na casa dele; esses invasores destruíram tudo”, comentou Júlio.
    A reintegração de posse tratou-se de um terreno particular, cuja proprietária tomou as devidas providências no sentido de garantir a posse da área. Entrou com ação de reintegração na Justiça e comunicou aos órgãos, entre eles a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas). Fiscais da Semmas estiveram no local acompanhando o cumprimento da reintegração e verificaram a situação da Área de Preservação Permanente (APP).

    Fonte:http://acritica.uol.com.br/amazonia/reintegracao-invasores-deixam-Manaus-destruida_0_1250874957.html

    quarta-feira, 19 de agosto de 2015

    10 frutas nativas dos cerrados e mata atlântica de São Paulo

    10 frutas nativas dos cerrados e mata atlântica de São Paulo 

    Publicado em 10/04/2012 por Ricardo Cardim

    frutas nativas do cerrado e mata atlantica - composição de Ricardo Cardim - www.arvoresdesaopaulo.com.br
    Não espere encontrar as frutas da fotografia acima nos supermercados. Conforme exposto no Blog ano passado, das 20 frutas mais comercializadas no Brasil, apenas 3 são nativas de nosso país, e atualmente conseguir experimentar um desses sabores “do mato” pode ser considerado luxo.
    Mudar essa concepção cultural e agronômica é algo que leva um bom tempo ainda, mas podemos começar a divulgar e cultivar nas cidades os frutos nativos, de forma a resgatarmos sabores esquecidos e ajudarmos no reequilíbrio ecológico urbano. Plantar árvores frutíferas nativas da região é um método eficaz de atrair a biodiversidade e tornar as cidades mais acolhedoras.
    1. cereja-brasileira ou grumixama (Eugenia brasiliensis) – árvore da Mata Atlântica, frutifica perto do Natal com frutos muito semelhantes em sabor e cor com a cereja nativa da Europa. 
    2. guabiroba (Campomanesia pubescens) – arbusto produtor de frutos muito saborosos e refrescantes. Já foi comum nos campos cerrados da cidade de São Paulo e hoje sobreviveu na metrópole com poucos exemplares dentro da Cidade Universitária da USP.
    3. tarumã-do-cerrado (Vitex polygama) – árvore dos cerrados com frutos semelhantes a uma azeitona-preta e sabor levemente adocicado. Na cidade de São Paulo sobrevive no Parque Usteri e na Cidade Universitária da USP.
    4. perinha-do-cerrado (Eugenia klotzschiana)- arbusto que produz um fruto nobre, a perinha é típica dos cerrados abertos. Não existe mais na cidade de São Paulo.
    5. uvaia (Eugenia uvalha) – árvore da Mata Atlântica, produz frutos bons para sucos e ainda pode ser encontrada no Parque Trianon, na cerca próxima a Avenida Paulista.
    6. jerivá (Syagrus romanzoffiana) – Talvez o único fruto fácil de encontrar nas ruas e jardins paulistanos. Seus “coquinhos” – como são conhecidos – já foram a alegria das crianças do passado.
    7.sete-capotes (Campomanesia guazumifolia) – semelhante a uma goiaba, tem a polpa doce e hoje é muito difícil de ser visto na Mata Atlântica da metrópole.
    8. cambuci (Campomanesia phaea) – fruta da Mata Atlântica e considerada símbolo da cidade de São Paulo, está quase extinta por aqui. Seus frutos são levemente azedos e refrescantes.
    9. cagaita (Eugenia dysenterica) – árvore do cerrado que produz frutos saborosos, mas não recomendado para ser ingerido em grande quantidade – o próprio nome da planta explica. Não existe mais na cidade de São Paulo.
    10. melancia-do-cerrado (Melancium campestre) – muito parecida com a melancia comercial, essa fruta está extinta dentro da cidade de São Paulo. Até o começo do século passado era comum nos campos-cerrados do Butantã, Ipiranga e até na região da Avenida Paulista.
    Encontrar mudas dessas frutíferas ainda não é tarefa fácil. Uma recomendação é contatar o Sítio Frutas Raras, Sr. Helton, pelo fone (oxx15) 8132 5140 ou  frutasraras@uol.com.br .
    Ricardo Cardim