sexta-feira, 28 de novembro de 2014

DIA MUNDIAL DO REFLORESTAMENTO

DIA MUNDIAL DO REFLORESTAMENTO

Em combate ao desmatamento do nosso (quase ex-) lindo planeta criamos o Dia Mundial do "Rematamento", ou Reflorestamento. Convidemos todo mundo (mundo mesmo) para participar.

Neste dia 1º de Janeiro de 2015 todos no planeta, sem exceção, plantaremos 7 bilhões e 300 milhões de árvores, mesmo número de habitantes da Terra. Árvores de quaisquer espécies, frutíferas, criadoras de sombras, criadoras de clorofila, recuperadoras de Oxigênio, residências de pássaros, abelhas, besouros...

Pais plantem sua própria árvore e também as de seus filhos bebês, os filhos pequenos ou grandes plantem as árvores de seus avós caso eles não tenham força ou estejam impossibilitados de fazê-lo.

Temos pouco tempo, vamos já procurar um lugar onde possamos fazer nosso reflorestamento, sejam terras públicas, sejam áreas privadas com consentimento dos donos. Seja onde existiu uma nascente de rio, seja onde ainda haja uma nascente. Seja onde existiu uma floresta, seja onde queiramos que haja uma. Olhe a sua volta, imagine onde uma linda árvore fará seu bem... e o bem da humanidade.

O que aconteceu no Brasil no ano de 2014 tem que ficar na história. História de um tempo que não tivemos chuvas, história de um tempo de ameaça de ficarmos sem água na torneira para nossos banhos. História da realidade de tantas famílias que não tiveram água para beberem. História da migração da seca para a porta de nossas casas.

Fonte:http://now-events.net/br/page/2827181

domingo, 23 de novembro de 2014

Mudas de plantas nativas estão sendo plantadas no Pantanal para recuperação da mata

Mudas de plantas nativas estão sendo plantadas no Pantanal para recuperação da mata 

Clique na foto para ampliar
Mudas de plantas nativas são levadas para Pantanal para recuperação da mata nativa
Foto: Divulgação

Mudas de plantas nativas como Aroeira, Guatambu e Ipê Roxo são algumas das árvores que começam a serem plantadas na região do Pantanal para recuperação e ampliação das áreas de preservação ambiental.
Este trabalho faz parte do projeto Biomas, criado há dois anos, e que tem como objetivo fazer este plantio massivo e que no futuro servirá como madeira e ajudar produtores rurais a seguirem as normas do Novo Código Florestal. Ao todo 27 mil mudas devem ser plantadas até 2015, e 150 mil sementes já foram coletadas pelos pesquisadores da Embrapa no Pantanal. O processo de plantio começou pelo carandá, uma árvore nativa da região.
As primeiras mudas de carandá devem estar prontas para o corte daqui há 20 anos. As primeiras sementes germinadas são as de carandá, cerca de 800, e 1,6 mil mudas de plantas estão sendo preparadas. Depois da obtenção dos resultados pesquisadores da Embrapa pretendem implantar módulos de plantio florestal em fazendas próximas da Nhumirim.
 

Fonte: Thatiana Melo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Reflorestamento no Horto do Barreto

Reflorestamento no Horto do Barreto

Por: Poliana Couto 23/11/2014

O Parque Palmir Silva (antigo Horto do Barreto) receberá uma ação de reflorestamento no próximo sábado. Alunos da Escola Técnica Estadual Henrique Lage, Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e de outros colégios do bairro, moradores e interessados voluntários vão plantar mudas de árvores da Mata Atlântica a partir das 8h.
A iniciativa foi criada pelo coordenador do curso de edificações Roberto Ferreira, e com a ajuda de alunos, ex-alunos, professores e moradores da região, será feito o plantio de mudas de arvores, que tem como objetivo ajudar na conservação da Mata Atlântica e conscientizar a população sobre a importância de preservar o meio ambiente.
Idealizador desta ação, Roberto Ferreira destaca a importância da educação ambiental para a população.
“Temos que manter esse laço entre a natureza e o ser humano, sensibilizando para o problema ambiental. É o momento de atuarmos em favor de um meio ambiente mais equilibrado. Uma corrente favorável para a sustentabilidade. E nós queremos deixar um rastro de vida verde, e que gerações tenham como exemplo as nossas contribuições”, destacou o Roberto Ferreira.
Na última edição do projeto, realizada em 2012, a iniciativa reuniu mais de 80 jovens que contribuíram com o plantio de 120 mudas de árvores da Mata Atlântica. Este ano o evento pretende reunir um número maior de pessoas mobilizando alunos e moradores da região. 
A ação contará com a parceria e apoio da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), que fornecerá sementes e mudas para realização do plantio.
Além do reflorestamento, uma tenda com exposição de diferentes tipos de sementes será montada para a visitação, onde cada participante poderá lavar para casa uma muda de rosa. Outras atividades e oficinas também serão desenvolvidas para esclarecer dúvidas corriqueiras sobre o meio ambiente. 

O Fluminense

Fonte:http://www.ofluminense.com.br/editorias/cidades/reflorestamento-no-horto-do-barreto

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Entidades cobram regulamentação de instrumentos econômicos do Código Florestal

Entidades cobram regulamentação de instrumentos econômicos do Código Florestal

Andreia Verdélio - Agência Brasil14.11.2014 - 19h34

Código Florestal estabelece incentivos do governo para preservação ambiental
Código Florestal estabelece incentivos do governo para preservação ambientalFábio Massalli/Agência Brasil
Entidades ambientais e da sociedade civil estão buscando a regulamentação do Artigo 41 doCódigo Florestal Brasileiro, sancionado em 2012, que trata dos instrumentos econômicos para que produtores rurais conservem ou regenerem suas florestas ou ainda busquem a compensação do passivo ambiental das propriedades. A legislação estabelece prazos para regularização ambiental e, ao mesmo tempo, prevê incentivos por parte do governo federal para que isso seja acelerado e antecipado, mas, segundo as entidades que compõe o Observatório do Código Florestal, tais incentivos não estão sendo implementados.
Especialistas estiveram reunidos hoje (14) em Brasília no seminário Instrumentos Econômicos de Apoio à Implementação do Novo Código Florestal, organizado pelo observatório, para discutir e elaborar uma plataforma de iniciativas e criar espaços de interlocução entre sociedade e governo para construir essa agenda de incentivos.
No dia 5 de maio, a Presidência da República publicou o decreto que regulamenta a lei, dando aos proprietários rurais prazo de um ano para cadastrar as terras. O código prevê ainda que, após cinco anos de sua publicação, ou seja, a partir de 28 de maio de 2017, as instituições financeiras não poderão conceder crédito agrícola para os agricultores que não tiverem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado.
Para a diretora de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, membro fundador do observatório, Andréa Azevedo, essa agenda de regulação e controle precisa andar junto com uma agenda positiva de incentivos. “Nossa ideia hoje é pegar o que já existe e que poderia ter incorporado um critério ambiental, não só criar incentivos novos. Mas também é preciso ter uma vontade política para isso”, explicou Andréa dizendo, por exemplo, que o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) está subvalorizado e seria interessante ligá-lo ao CAR.
O pesquisador do Instituto Imazon, Paulo Barreto, explica que o ITR visa a estimular o aumento de produtividade, mas que o próprio governo estimou que 12 milhões de hectares (1 hectare equivale à area de um campo de futebol oficial) na Amazônia são de pastos sujos (áreas abandonadas, onde foram desenvolvidas atividades agropecuárias). “Se o ITR cobrar uma taxa mais alta de quem usa mal a terra, isso estimularia sua melhor utilização, com aumento de produtividade”, disse.
Segundo ele, o sistema de cotas de Reserva Legal também é interessante, mas há um desafio para a Amazônia, pois muitas pessoas ocupam as terras mas não são proprietários. “Isso dificulta a criação do mecanismo, porque não posso vender algo que não é meu. Mas incentiva o reflorestamento de terras com baixo potencial agrícola que poderiam virar cotas”, disse Barreto.
Um produtor que tenha, em sua propriedade, reserva legal excedente ao estabelecido pela lei pode gerar cotas e disponibilizar para venda. O produtor que tem déficit de reserva legal compra essas cotas e utiliza para compensação de sua própria área. Então, na prática, um produtor paga para outro preservar sua reserva.
Segundo o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, Raimundo Deusdará, o projeto de regulamentação ainda está em andamento, mas o que vai dar credibilidade a esses instrumentos é o CAR. “Primeiro o CAR e o Programa de Regularização Ambiental, e o coroamento dessas estratégias seria o conjunto de instrumentos econômicos para incentivar e remunerar quem tem ativos florestais, quem respeitou a natureza”, disse.
Deusdará conta que existem hoje no sistema do CAR pouco mais de 500 mil propriedades cadastradas. De acordo com o ministério, existem aproximadamente 5,6 milhões imóveis rurais no país, cujos proprietários devem fazer inscrição no cadastro.
Segundo o diretor da organização Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, os instrumentos econômicos podem ser tanto para penalizar (multas e tributos), para desonerar ou podem ser financiamentos e a melhor maneira é fazer um pouco de tudo. “Os instrumentos não devem criar distorções, mas alterar comportamentos, é a função extrafísica do imposto, quando ele não serve necessariamente para arrecadar, mas para induzir o público a fazer ou deixar de fazer determinadas coisas”, explicou.
Editor Fábio Massalli
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
Fonte:http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/11/entidades-cobram-regulamentacao-de-instrumentos-economicos-do-codigo

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

II Seminário de Essências Florestais discute reflorestamento

II Seminário de Essências Florestais discute reflorestamento

O II Seminário de Essências Florestais vai discutir, por meio de palestras e debates, temas como o reflorestamento comercial com essências florestais, a legislação ambiental e as possibilidades de crédito fundiário para o jovem produtor.

O evento visa estimular o jovem rural na perspectiva de acesso à primeira terra, contextualizando-o na produção e comercialização de essências florestais. O público-alvo da iniciativa são estudantes e produtores rurais.

O seminário será realizado no próximo dia 12, quarta-feira, a partir das 8h, na Escola de Ensino Profissionalizante Sebastião Vasconcelos Sobrinho. O evento é uma realização da Ematerce, com o apoio de instituições como Instituto Federal do Ceará, Sebrae, Banco do Nordeste e  COGERH.
Fonte:http://www.ifcetiangua.com/2014/11/ii-seminario-de-essencias-florestais.html

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Receita contabiliza 5,4 milhões de declarações do ITR

Entrega ficou 2,37% acima do registrado em 2013

POR RAPHAEL SALOMÃO, DE SÃO PAULO (SP)






economia_e_negócios_terra (Foto: Ernesto de Souza / Ed. Globo)














A Receita Federal contabilizou o recebimento
de 5.471.347 declarações do
Imposto Territorial Rural
 (ITR) dentro do prazo, encerrado às 23h59 do último dia 30. A informação é do supervisor geral
 da Receita, Joaquim Adir.
Segundo ele, houve um aumento de 2,37% em relação à entrega do ITR de 2013. O número também
 superou as expectativas da própria Receita Federal, que era de receber em torno de 5,2 milhões
de declarações.
“A gente sempre estima um pouco abaixo porque tem proprietários rurais que não
precisam entregar a declaração, mas continuam entregando”, disse Adir.
De qualquer forma, ele estima que em torno de 100 mil contribuinte deixaram de cumprir
o prazo de declaração do ITR, o que está dentro do que considera normal. O atraso implica
multa de 1% ao mês, com valor mínimo de R$ 50.
O ITR pode ser parcelado em até quatro vezes mensais. A exceção é o imposto no valor de
até R$ 100, que deve ser pago apenas em cota única. Para quem optou pelo parcelamento,
 o valor mínimo a ser pago é de R$ 50.
CAR e PRA
Joaquim Adir informou ainda que a Receita Federal está preparando adaptações ao sistema
 da declaração, que permitam também a atualização de dados do Cadastro Ambiental Rural e do
 Programa de Regularização Ambiental das propriedades, medidas previstas no Código Florestal.
“Não é possível dizer se vai estar pronto já para o ano que vem, mas está é sim uma meta da Receita”,
 disse ele, sem detalhar as adaptações e comentando que o sistema da Receita já permite
o cruzamento de dados com órgãos como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
 (Incra).
Fonte:http://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2014/10/receita-contabiliza-
54-milhoes-de-declaracoes-do-itr.html

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Política :: Candidatos ignoram maior crise hídrica da história, diz ambientalista

Nenhum candidato tem dado à questão a atenção que ela merece, o que diz muito sobre o forte retrocesso que tem havido na agenda ambiental brasileira", ele afirma. A crise hídrica só entrou no debate eleitoral nos estados que enfrentam situação mais crítica, como São Paulo.
Créditos: BBC
Clique na imagem para vê-la no seu tamanho original.

Em entrevista à BBC Brasil, Mantovani cita duas ações humanas que, segundo ele, ajudam a explicar o cenário atual. Uma delas é o desmatamento na Amazônia, que teria alterado o regime de chuvas no Centro-Sul do país. A outra, o afrouxamento das regras de proteção florestal nas margens de rios, chancelada pelo novo Código Florestal.

"Desde 1973, não conheço momento que foi pior para o meio ambiente. Este governo riscou o setor ambiental do mapa", diz Mantovani. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff encara a área unicamente como empecilho para a autorização de grandes obras.

O governo federal rejeita as críticas (leia abaixo a resposta do secretário Executivo do Meio Ambiente, Francisco Gaetani).

SOS Mata Atlântica elaborou 14 propostas para os presidenciáveis. Das quatro que tratam da gestão das águas, Mantovani destaca duas: incluir a sociedade nos comitês que gerem as bacias hidrográficas e cobrar pelo uso de água de todos os usuários, especialmente agricultores. Hoje isento de custos, o grupo é responsável por 80% do consumo de água no país, segundo ele.

BBC Brasil entrevistou Mantovani na mesma semana em que três notícias agravaram as preocupações com a crise hídrica nacional. Em Minas, o diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra, Luiz Arthur Castanheira, anunciou que a principal nascente do rio São Francisco secou; em Itu (SP), um protesto contra a falta dágua terminou em confronto com a polícia militar; e o pesquisador da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, afirmou que água do sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento da cidade de São Paulo, pode acabar em 50 dias.

Veja os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - Você escreveu que a crise hídrica é no fundo uma crise ambiental. Por quê?

Mário Mantovani: Essa crise mostrou que APP (Área de Preservação Permanente) de cinco metros nas beiras de rio, a "escadinha" que o Ministério do Meio Ambiente propôs no Código Florestal, era uma farsa. Não pode haver no mesmo rio um proprietário com cinco metros de proteção, outro com 30 metros e outro com 15.

Aqueles torrões secos nas imagens das represas são causados por erosão laminar. São filos que vão se depositando conforme a água baixa e formam blocos. Foi a primeira vez que a hidrovia do Tietê parou em São Paulo. O rio está sem proteção.

Todo ano temos 20 centímetros de erosão laminar na hidrovia. Em dez anos, são dois metros de terra que vão parar dentro da represa. Na mesma represa, em Avanhandava, por causa do adubo que se usa e que vai parar na água, a proliferação de algas é violentíssima.

Outro problema é que no sistema Cantareira (principal fonte de abastecimento da cidade de São Paulo), assim como em qualquer parte do Brasil, 80% da água é usada para a agricultura. O Brasil exporta água em forma de produtos agrícolas, mas essa conta não é feita. A água não é um insumo que tenha valor.

BBC Brasil -- Como resolver esse problema?

Mário Mantovani: Se a bacia tiver estresse hídrico, o comitê que faz sua gestão tem que dar menos outorgas para a agricultura. Há pivôs (máquinas para irrigação) no Brasil sem nenhum controle. Na região metropolitana de São Paulo, nas cabeceiras do Tietê, onde a água é pouca, não existe um cadastro dos irrigantes.

Quando o Banco do Brasil financia um agricultor na beira dágua, tem que cobrar que ele faça curva de nível, terraçamento, que cuide da Reserva Legal, da APP.

BBC Brasil -- A seca não é a maior responsável pela falta dágua?

Mário Mantovani: As secas acontecem há muito tempo. O que existe é um encurtamento dos intervalos entre uma e outra. A evapotranspiração (água lançada na atmosfera pelas árvores) da Amazônia diminuiu absurdamente. Estamos falando de água que precipitava no Centro-Oeste, no Sul e no Sudeste. Mudou o regime de chuvas, mudou o regime de ventos, mudou o regime de umidade.

É evidente que estamos passando por uma crise muito grande. Quando se fala de clima, parece que é coisa de Deus. Mas estou falando de coisas práticas que dependem da gente: erosão, manejo de solo.

BBC Brasil - O governo diz que as taxas de desmatamento estão nos níveis mais baixos da história.

Mário Mantovani: Do ponto de vista da Mata Atlântica, que só tem 8% da área original, não existe ação de governo. O desmatamento continua ocorrendo. É aquilo que prevíamos com o Código Florestal. Ficou evidente que os donos de terra aproveitaram a aprovação do código e meteram fogo.

Hoje 80% da madeira que sai do Brasil é ilegal. Continua uma barbárie sem nenhum controle. Desde 1973, não conheço momento que foi pior para o meio ambiente. Este governo riscou o setor ambiental do mapa. Ele reduziu o meio ambiente a licenciamento (etapa para autorização de obras), jogando nele a culpa por sua incompetência em realizar transposições, Belo Monte etc.

Na ditadura acompanhei a construção das usinas de Balbina, Tucuruí, a rodovia Transamazônica. Eram projetos dos militares. Estamos vendo o mesmo filme, só que agora é mais perverso, porque naquela época não havia mecanismos para reduzir impactos.

O Brasil deixou de buscar as alternativas em energia. Todos os parques eólicos do Brasil em 2014 estão desligados, não estão interligados na rede.

BBC Brasil - A crise hídrica tem recebido espaço adequado no debate eleitoral?

Mário Mantovani: Nenhum candidato (à Presidência) tem dado à questão a atenção que ela merece, o que diz muito sobre o forte retrocesso que tem havido na agenda ambiental brasileira. Fico preocupado quando falamos de crise da água pensando só no abastecimento. Hoje 80% dos rios no Brasil recebem esgoto, como na época medieval.

O cocô da casa cai no primeiro córrego e vai para outro, que contamina rios e tudo. No Brasil 80% das doenças são de origem hídrica, como na África. Você vê um candidato falando em construir hospitais, mas não em evitar doenças.

Nossa relação com a floresta era de usurpá-la. Durante muitos anos só se regularizava terra se derrubasse a floresta. Nossa relação com a água é igual. Quando se fala em cobrar pelo uso de água na agricultura, a bancada ruralista é contra. Isso sabota qualquer política de água que o Brasil pudesse ter.

BBC Brasil - Os principais candidatos à Presidência dizem ter como prioridade o desenvolvimento e o crescimento do PIB. A preservação ambiental é compatível com essa lógica?

Mário Mantovani: Claro. Veja as melhores empresas. O Wal Mart disse a todos os fornecedores que só aceitará os que tiverem sustentabilidade. A Souza Cruz (fabricante de cigarros) tem o menor uso de veneno do mundo, porque sabe que custa caro.

As empresas de celulose no Brasil são as melhores do mundo, porque têm mais do que 20% da Reserva Legal, proteção maior do que 30 metros de cada lado do rio. Passou a ser um ativo estar acima da legislação ambiental.

Veja abaixo os principais trechos da resposta do secretário executivo do Meio Ambiente, Francisco Gaetani:

- A energia hidrelétrica é uma opção estratégica do país e a ecologicamente mais adequada. O foco nos gargalos de infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento nacional. O licenciamento ambiental vem se especializando e modernizando. As decisões do Ibama têm sido fundamentadas e validadas pela Justiça;

- O desmatamento na Amazônia teve as taxas de expansão mais baixas das últimas décadas. A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi criada e está sendo implementada. A Política Nacional de Mudança Climática é uma realidade. Um novo Código Florestal - equilibrado e aderente à realidade brasileira - foi aprovado e se encontra em processo de implementação. Este é um excepcional momento da agenda ambiental no país;

- É preciso distinguir o desmatamento legal do ilegal. A Mata Atlântica abrange um vasto conjunto de Estados brasileiros. O combate ao desmatamento ilegal depende não apenas do governo federal mas também dos órgãos estaduais. O Governo prepara um Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa para ser implementado após a implementação do Cadastro Ambiental Rural;

- A agenda de saneamento básico é um dos maiores desafios nacionais, embora dependa fundamentalmente da ação de Estados e municípios. O Ministério das Cidades tem mudado o patamar dos investimentos destinados a enfrentar o problema;

- O Conselho Nacional de Recursos Hídricos conta com a ativa participação da sociedade civil. Os comitês federais de bacias são muitos e todos contam a participação da sociedade civil, conforme previsto em lei.
Fonte:http://www.agrosoft.org.br/agropag/230345.htm#.VCrUgvldU-M

sábado, 27 de setembro de 2014

Área de reflorestamento da Mata Atlântica em São Paulo

Área de reflorestamento da Mata Atlântica em São Paulo

O reflorestamento da Mata Atlântica foi responsável, nos últimos 11 anos, pela retirada da atmosfera de 1,2 milhão de toneladas de gás carbônico equivalente. São 23.354.266 árvores plantadas pelo projeto Clickárvore  com a captura de 1,05 milhão de toneladas de CO2e e 3.842.426 árvores do Florestas do Futuro, que sequestraram 194, 23 mil toneladas de CO2e. Para se ter uma ideia, a cidade de São Paulo emitiu, em 2011, 16,430 milhões de toneladas CO2 equivalente.

As diferenças de absorção de CO2 entre as áreas ocorrem devido a fatores diferentes, como espécie, clima e solo, que impactam o desenvolvimento das árvores em cada local avaliado. O estudo, realizado pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, estima que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico equivalente ao longo de seus primeiros 20 anos.

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Veja os destaques de Meio Ambiente (2013)312 fotos 70 / 312
Março - A meta de reduzir 30% das emissões de gás de efeito estufa na capital paulista entre 2003 e 2012, conforme determina lei, não foi cumprida pelo município. Em 2011, o número chegou a 16,430 milhões de toneladas de CO2e. O relatório mostra que a grande maioria dos gases (81,9%) são gerados pela queima de combustível e pelo gases que escapam da rede de gás natural. Esses itens compõem a categoria "energia" do inventário. Cerca de 60% do item queima de combustível, por sua vez, está relacionada ao sistema de transporte Leia mais Juca Varella/Folhapress
O gás carbônico em excesso no ar é prejudicial, sendo um dos responsáveis pelo aquecimento global, mas por outro lado, é matéria prima para a fotossíntese das árvores.

Para fazer a estimativa, foi  considerado um plantio médio de 1.667 plantas por hectare. A amostra abrangeu árvores de idades entre 3 a 11 anos, sendo projetada uma expectativa para a idade de 20 anos.

Para assegurar a restauração de uma área degradada com essências nativas, o plantio deve seguir normas, como selecionar espécies adequadas para a região, averiguar a qualidade de sementes e de mudas, preparar o solo para o plantio e cuidar da manutenção da área. Se as normas forem seguidas, os reflorestamentos serão mais eficientes na remoção de gases do efeito estufa da atmosfera, com reconhecimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).

A análise de ambos os programas de reflorestamento avaliou oito plantios nas regiões de Penápolis, Valparaíso, Ibaté, Andradina, Salesópolis, Itatiba e Itu em São Paulo; e uma região no Estado do Rio de Janeiro, em Pinheiral.  Foram medidas e identificadas 2.496 árvores,  de 128 espécies, distribuídas da seguinte forma: 1.199 árvores, de 81 espécies, pelo  programa Clickárvore, e  1.297 árvores, de 93 espécies, do Florestas do Futuro. Para o cálculo de biomassa e do carbono, o relatório considerou as árvores com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) igual ou superior a 5 cm.
onte:http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/03/16/reflorestamento-da-mata-atlantica-absorveu-12-milhao-de-toneladas-de-co2.htm

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Cresce no Brasil o mercado de produção de mudas nativas

Setor é impulsionado, principalmente, pelo rigor do Novo Código Florestal.
Em alguns estados, falta de regulamentação do CAR prejudica os negócios.

Do Globo Rural
Comente agora
Produzir mudas de espécies nativas é um negócio que vem crescendo ano a ano no Brasil, impulsionado, principalmente, pelo rigor do Novo Código Florestal.
Ipê, paineira, araticum, jequitibá, o leque de opções em um viveiro de mudas, em Tangará da Serra, Mato Grosso, é extenso. São quase 200 espécies nativas dos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, os três que compõem a base florestal de Mato Grosso. No ano passado, o viveiro bateu recorde de vendas com quase 500 mil mudas comercializadas.
Agora, com o ano que mal começou, o viveiro já vendeu aproximadamente 70 mil mudas para serem entregues ainda no mês de janeiro.
O bom momento do viveiro está diretamente ligado ao Programa Mato-Grossense de Regularização Ambiental, o MT Legal. Criado em 2009, ele exige a recuperação de áreas de preservação permanente e a recomposição de reserva legal das propriedades rurais para a emissão do CAR, o Cadastro Ambiental Rural.
A realidade do setor em Mato Grosso é diferente da registrada em outras regiões do país. Em Penápolis, São Paulo, fica a ong Flora Tietê, que produz mudas de 140 espécies diferentes de árvores nativas da Floresta Atlântica e do Cerrado. O engenheiro florestal Antônio Buzatto conta que os negócios andam bem difíceis.
São Paulo não tem um programa estadual como Mato Grosso. O estado espera a regulamentação do CAR, que deve ser feita pelo Governo Federal conforme determinou o Novo Código Florestal, em vigor desde outubro de 2012. Com a indefinição, o mercado de mudas caiu muito.
A partir da regulamentação do CAR, os produtores terão o prazo de um ano para se regularizar, com possibilidade de prorrogação por mais um ano.
Em outro viveiro de nativas em Piracicaba, a situação é semelhante. A empresa é uma das maiores do país e para este ano, a produção deve cair pela metade.
Para não parar totalmente as atividades, o viveiro precisou fazer ajustes, um deles no quadro de funcionários. Das 45 pessoas que trabalhavam até o ano passado, 20 foram dispensadas.
A empresa também fechou a unidade do Rio de Janeiro e reduziu a produção na Bahia.
Em Brasília, o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, falou sobre a regulamentação do Cadastro Ambiental Rural.Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.
Fonte:http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/01/cresce-no-brasil-o-mercado-de-producao-de-mudas-nativas.html

domingo, 14 de setembro de 2014

Apoio ao Reflorestamento, Recuperação e Uso Sustentável das Florestas - BNDES Florestal

Objetivo

Apoio ao reflorestamento, à conservação e à recuperação florestal de áreas degradadas ou convertidas, e ao uso sustentável de áreas nativas na forma de manejo florestal. O financiamento pode ocorrer de duas formas:
  1. Financiamento ao plantio de espécies florestais para fins energéticos e/ou de oxirredução com externalidades positivas ambientais: projetos que reduzam a pressão sobre matas nativas por intermédio do suprimento de madeira na cadeia produtiva dos setores de ferro gusa, ferro ligas, produtos cerâmicos e cal.
  2. Financiamento ao reflorestamento de áreas degradadas ou convertidas e ao manejo florestal: plantios de espécies florestais nativas para conservação e recuperação de áreas degradadas ou convertidas, inclusive Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais, e manejo florestal sustentável de áreas nativas.
O apoio do BNDES Florestal também é passível em áreas localizadas em biomas cuja predominância não seja o de floresta.

Quem pode solicitar

  • Sociedades com sede e administração no País, de controle nacional ou estrangeiro;
  • empresários individuais;
  • associações e fundações; e
  • pessoas jurídicas de direito público.

O que pode ser financiado

Empreendimentos

  1. Reflorestamento;
  2. fomento florestal; e
  3. manejo florestal sustentável em áreas próprias e de terceiros, incluindo extração, beneficiamento, transporte e comercialização de produtos florestais. 

Itens

  1. Estudos, projetos, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia, serviços de topografia, geoprocessamento, imagens por sensoriamento remoto, inventários, demarcação, assistência e auditoria técnica, certificação, monitoramento e treinamento;
  2. obras, instalações e infraestrutura;
  3. sementes, mudas e viveiros - coleta, aquisição, armazenamento e produção;
  4. condução da cultura - abertura, preparo, plantio, replantio, limpeza, poda, reforma e rebrota;
  5. manutenção florestal - preparação do terreno, conservação do solo e da água, irrigação, controle fitossanitário e biossegurança, aceiros, prevenção e combate a incêndios florestais;
  6. adequação ambiental, notadamente a recomposição das áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, inclusive sistemas produtivos de preservação implementados sob o regime de manejo florestal sustentável nas Áreas de Reserva Legal;
  7. aquisição de máquinas e equipamentos nacionais credenciados no BNDES. 
As máquinas e equipamentos financiados deverão ter índice de nacionalização mínimo de 60%, calculado conforme instruções definida pelo BNDES, ou cumprir o Processo Produtivo Básico (PPB).
O BNDES pode apoiar o capital de giro associado a itens de projetos financiados nesta linha. Consulte as condições específicas para este apoio.

Valor mínimo de financiamento

R$ 1 milhão. 

Fonte:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Produtos/FINEM/BNDESflorestal.html

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Plantio de mudas em João Pessoa quer compensar poluição do São João

Ação acontece na área de floresta da Bacia Hidrográfica do Rio Gramame.
Entre as espécies plantadas estão pau brasil, sibipiruna, ipês, sucupira.
O plantio de 3,7 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica começa em João Pessoa (Foto: Dayse Euzebio/Secom-JP)O plantio de 3,7 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica começa em João Pessoa (Foto: Dayse Euzebio/Secom-JP)
O plantio de 3,7 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica fazem parte de um ato promovido em João Pessoa na manhã desta quarta-feira (9). A ação acontece na área de remanescente florestal da Bacia Hidrográfica do Rio Gramame, próximo ao Parque Cowboy, no Valentina. A iniciativa faz parte da compensação ambiental pela realização do São João Pra Valer, na orla, pela prefeitura. Entre as espécies plantadas estão pau brasil, sibipiruna, ipês (amarelo e roxo), sucupira, cupiúba, jatobá e oitizeiro.
 A iniciativa, segundo o secretário de Meio Ambiente, Edilton Rodrigues Nóbrega, vai permitir a captura de 695 toneladas de carbono, o equivalente a 8,87 vezes o volume de CO2 gerado em decorrência da festa. O cálculo para a medida de compensação ambiental levou em consideração a emissão de CO2 em todas as atividades relacionadas à festa.
O plantio temum custo de R$ 97.662.A área onde as mudas serão plantadas tem 2,2 hectares de extensão e fica nas proximidades do loteamento Parque do Sol, que passou por uma limpeza e foi cercada. O local, apesar de figurar como área verde, vinha sofrendo com a degradação provocada pelo descarte ilegal de restos de material de construção  A área fica próximo ao leito do rio Gramame e, segundo o chefe da divisão de Arborização e Reflorestamento da Semam, Ânderson Fontes, poderia, no futuro, sofrer com erosões provocadas pelas chuvas.
Fontes explicou ainda que a área foi cercada pela prefeitura e, desde o início da semana, parte das mudas começou a ser plantada. As árvores são cultivadas no Viveiro Municipal, no Valentina. De lá, todos os anos, saem as cerca de 45 mil mudas destinadas às áreas de reflorestamento, praças, canteiros centrais da cidade e as que são distribuídas para a população. Todas de espécies são originárias da mata atlântica

Fonte://http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2014/07/plantio-de-mudas-em-joao-pessoa-quer-compensar-poluicao-do-sao-joao.html